O Presidente da República afirmou, este domingo, que os queimados são doentes crónicos, considerando que os seus problemas não terminam quando recebem alta hospitalar.
“Os queimados representam uma realidade, que traduz uma doença crónica”, sublinhou Marcelo Rebelo de Sousa, que falava durante o Congresso Nacional de Queimados, indo ao encontro das reivindicações da associação que organiza o evento, que defende o estatuto de doente crónico para as vítimas de queimaduras.
Segundo Marcelo Rebelo de Sousa, a realidade dos queimados “não pára no momento em que há alta hospitalar”. Aliás, a realidade “começa aí, para aqueles que sobreviveram”, notou.
“Começa aí e vai durar toda uma vida, toda uma vida pessoal, familiar, comunitária. Não mais essa realidade os vai largar, não mais essa realidade vai largar a vida dos familiares, dos amigos, dos companheiros de trabalho, dos vizinhos, dos que estão próximos da mesma comunidade”, vincou o Presidente da República.
Para o chefe de Estado, ter noção dessa realidade “é ter noção de que aquilo que se impõe é renascer todos os dias por tempo indefinido”.
O congresso, organizado pela Associação Amigos dos Queimados (AAQ) decorre em Pedrógão Pequeno, concelho da Sertã, e tem como tema “Renascer, um ano depois”.
Durante a sessão, o presidente da AAQ, Celso Cruzeiro, reiterou a necessidade de haver um estatuto de doente crónico para as vítimas de queimaduras, por forma a terem mais apoios no tratamento e acompanhamento ao longo da vida.